A Polícia Federal em Pernambuco/PE, vem promovendo ações constantes de apreensão, identificação e consequente erradicação de plantios de maconha no sertão e no agreste pernambucano com vistas a evitar que traficantes abasteçam o mercado consumidor de toda a região nordeste. Desta vez foi feita no dia 20/09/2016, as prisões em flagrante de JOSEAN JOSÉ DA SILVA, casado, 26 anos, agricultor, natural de Floresta/PE e residente em Carnaubeira da Penha/PE-(não possui antecedentes criminais-ainda continua preso) e MARCOS AURÉLIO DE PAIVA LEAL, vulgo “marquinhos”, divorciado, 43 anos, fazendeiro, natural e residente em Pedra/PE-(não possui antecedentes criminais- já recebeu Alvará de Soltura em 21/09/2016 e responderá ao processo em liberdade).
As prisões aconteceram em virtude de investigações e levantamentos feitos pela Polícia Federal no sentido de identificar uma grande plantação de maconha que estaria sendo cultivada numa Fazenda denominada Lagoa da Porta localizada no município de Pedra/PE distante 16Km da Cidade de Arcoverde/PE. De posse dessas informações foi feito um levantamento minucioso no terreno onde percebeu-se uma tubulação de cerca de 2Km, a qual era responsável por abastecer de água os plantios de maconha, através de bombas elétricas que passavam por diversos poços em sequência que retiravam água da Barragem do Riacho do Pau até chegar nas plantações da erva proscrita.
A ação teve seu desfecho final quando os federais se dividiram em duas equipes sendo que uma ficou encarregada de abordar os plantios de maconha e a outra em realizar a prisão do dono da fazenda (onde estavam sendo cultivados os plantios), em sua residência que ficava localizada no centro de Pedra/PE. Ao final uma pessoa foi presa trabalhando nos plantios (JOSEAN) e o dono da fazenda foi preso em sua residência (MARCOS). No local do cultivo estavam outros traficantes, oriundos das cidades de Floresta e Carnaubeira da Penha/PE, os quais conseguiram fugir durante a aproximação das equipes policiais. Outros três indivíduos que participavam do cultivo da droga já foram identificados e serão indiciados por tráfico e associação para o tráfico, estando em andamento o levantamento de seus antecedentes. Constatou-se ainda que o plantio foi implantado com eficientes técnicas de preparo do solo e de cultivo, com o uso de adubação química e de vários implementos agrícolas. Isto demandou um grande investimento financeiro, a maior parte bancado pelo proprietário da fazenda, preso em flagrante.
Terminado os trabalhos investigativos, toda a plantação foi erradicada e logo após incinerada junto com cerca de 120 quilos da droga pronta para consumo, que já estava ensacada e em condições de ser distribuída, sendo retiradas as amostras exigidas por lei. Os dois indivíduos detidos receberam voz de prisão em flagrante, foram informados dos seus direitos e garantias constitucionais e em seguida acabaram sendo autuados como incurso no artigo 33, § 1º, inciso II e artigo 35 da Lei 11.343/2006 (tráfico de drogas e cultivar sem autorização legal planta conhecida como maconha) e caso sejam condenados poderão pegar penas que variam de 5 a 15 anos de reclusão. Após a autuação, os presos foram conduzidos para realizar Exame de Corpo de Delito no IML-Instituto de Medicina Legal, em seguida encaminhados para a audiência de custódia em Arcoverde/PE e posteriormente levado até o Presídio Advogado Brito Alves em Arcoverde/PE, onde ficarão à disposição da Justiça Estadual daquele município.
As cidades de onde os cultivadores da droga são originários demonstram que existe uma migração dos traficantes das áreas tradicionais de cultivo para outros locais onde não existe o costume de se plantar a droga proscrita. Isto tem motivado o reforço das ações de inteligência por parte da Polícia Federal, trabalhando em conjunto com outras forças de segurança pública no sentido de promover uma repressão mais eficaz
Caso os 36 mil pés de maconha fossem colhidos e prensados daria para se fazer 12 toneladas de maconha! Com essas operações consecutivas a Polícia Federal contribui significativamente para o desabastecimento dos pontos de venda de droga em nosso estado como também em outros estados do nordeste, evitando assim a escalada da violência tais como assaltos, furtos, homicídios, assassinatos, acertos de contas, corrupção policial, porque geralmente tais ocorrências giram em torno do tráfico de drogas. Cada ponto de venda de droga desabastecido, significa um foco a menos de violência para a população pernambucana.
FONTE: AGRESTE VIOLENTO
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