Responsável por designar as forças de segurança Estaduais para atender a população, o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) também enfrenta um problema que atinge diversos setores públicos: os trotes.
Levando em consideração apenas os meses de setembro, outubro e novembro, fora mais de 17 mil ligações que tentavam ou passavam informações de ocorrências que na realidade não existiam, gerando desperdício de efetivo – que muitas vezes chega a ser deslocado para a área onde o crime estaria acontecendo – e também de dinheiro público, como o gasto com combustível.
O Ciosp tem o registro de todos os números que ligam para o serviço e um detalhe chama a atenção. Durante os três meses, um mesmo número ligou 4.129 vezes para o Ciosp, enquanto outro fez 3.127 ligações no mesmo período.
“O trote atrapalha bastante. Somente o fato de atendermos a ligação, uma pessoa que realmente está precisando pode ter que esperar na linha para ser atendida. Como temos esse registro, quando um número que já é conhecido liga novamente, nós já sabemos que é trote. Passamos os dados para a Polícia Civil para que uma investigação seja feita”, destacou o major Michel Alvarenga, gerente de operações do Ciosp.
Lembrando que o trote contra repartições públicas se encaixa no Art. 340 do Código penal – Decreto Lei 2848/40, que trata de ‘Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado’. A penalidade é a detenção de um a seis meses, ou multa.
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